quarta-feira, 9 de julho de 2008

Capa da Contigo com entrevista


DEBORAH SECCO ESTA NA CAPA DA REVISTA CONTIGO, LINDA D+ !

ENTREVISTA
''Eu já me sinto com uma aliança''

Atriz diz que se vê compromissada com o jogador Roger, mas terá de enfrentar a distância, pois ele está prestes a ser transferido para o Oriente Médio

Deborah Secco, 28 anos, gosta de contar uma história de infância, que, à primeira vista, parece apenas uma brincadeira de criança, mas diz muito sobre sua personalidade: menina ainda, ia para o semáforo tentar conseguir dinheiro dos motoristas. A idéia não era enganar, mas fazer as pessoas acreditarem em sua história de garota de rua, sentir-se crível. Ficava feliz quando conseguia. ''Gostava de testar a minha credibilidade'', relembra. Passados mais de 20 anos, ela ainda duvida de seus talentos e vive em constante autoteste. ''Não posso me dar como satisfeita. Eu acho que ainda tenho muito o que melhorar e experimentar. Senão, minha vida acabou'', acredita.Em breve, a atriz enfrentará mais uma dura provação: a distância de seu namorado, o jogador Roger, 29, que deve ser transferido para o Qatar Sport Club, time no distante Catar, 12 horas de vôo do Rio. Juntos há um ano e sete meses, Deborah diz que pensou pouco na separação. Ele tem sua vida profissional, que é importante. Eu tenho a minha, que é importante. E a gente tem a gente. E um é muito importante para o outro. Por isso, a cada dia faço o melhor para poder estar perto, para que tudo dê certo. Se a gente agir assim, vai conseguir ser feliz para sempre’‘, diz a atriz. Nas páginas seguintes, confira a entrevista da atriz, que comemora 20 anos de trabalho.
Vida zen
''Quero uma vida de paz. Sem euforia nem tristeza. Ali, na linha do meio. Os momentos de euforia serviram para saber que são uma delícia, mas que geram tristeza depois. E, se você quiser essa euforia de novo, ela não vai existir constantemente. Então, você vai viver frustrada por não ter. Para ser feliz, não precisa inventar. Basta ser o mais honesta possível com as pessoas e com você mesma.''
Sufoco, não
''De repente, o que você um dia achou que era amor, não era. Pode ter sido uma paixão, que é efêmera. Amor é outro tipo de sentimento. É múltiplo e generoso. Você tem o direito de amar várias pessoas. Eu amo minha mãe (Silvia, 56) de forma diferente que amo meu pai (Ricardo, 57), que é diferente do modo como amo minha irmã (Bárbara, 27), como amo meu trabalho, como amo Roger. Amor é de verdade quando não sufoca, não lhe faz mal. Amor é livre, atemporal. Não precisa de contato para ser alimentado.''
Amor conquistado
''Eu não esperava um relacionamento naquele momento (estão juntos desde dezembro de 2006). Acho que Roger também não. Mas a gente não consegue controlar a vida. Ele me conquistou com seu carinho, generosidade, simplicidade, honestidade e seriedade. Eu o admiro muito. E o primeiro ponto para você começar a amar alguém é a admiração.''
Casada, no coração
''Eu já me sinto com uma aliança. A aliança é emocional. É um elo de compromisso e esse elo existe. Não preciso de um objeto que represente.''
Decepção boa
''Sou paixão e amor. Quando me decepciono com alguém é ruim. Mas quase sempre (ser assim) é bom. Aprendi que me dar é uma questão de prazer. Não é o que vou ganhar em troca que importa. Não existe cobrança. Faço pelo amor que sinto. É por mim. Antigamente, eu pensava se fazia isso com medo de as pessoas não gostarem de mim, de não me aceitarem. Mas não. Eu sou assim.''
Viva a dependência
''Mulheres sensuais são mulheres fortes e eu não me sinto assim. Sou mulherzinha, gosto de ficar em casa, cozinhar, servir, agradar. Eu gosto de ser pega no colo, de ganhar um carinho. Não sou supermulher. Acho péssimo a igualdade (entre os sexos). A gente só saiu perdendo, ficou sobrecarregada. Botar uma mesa, arrumar uma casa e fazer compras é muito importante para mim.''
Beijo técnico
''Roger quase não vê novela, em geral só quando peço para dar uma opinião em algo que fiz. Eu prefiro até que ele não veja uma cena com par romântico. No lugar dele, eu preferiria não ver. Não ia me sentir bem. Sei que na hora de gravar tudo é muito técnico, com luz, câmera, posição certa. Mas, quando vai ao ar com aquela musiquinha linda e a cena editada, tudo fica mais bonito do que realmente é. Eu me emociono vendo qualquer cena de amor. E, se tivesse de ver uma do Roger, não ia ser bom (risos)!''
Gata-borralheira
''Para criar esse papel (a Céu, de A Favorita), eu invisto na feiúra. Coloquei um cabelo de qualidade ruim, que é difícil de pentear. Antes de gravar, passo uma maquiagem que me dá o aspecto de pele suja. E também não posso fazer as sobrancelhas. Nada disso está mexendo com os meus brios. Aliás, está me dando um alívio enorme não ter de fazer unha toda semana, poder andar descalça e estar sempre com o pé sujo.''
Sou bonitona, sim!
sofri por causa de minhas pernas finas. Só tinha joelhos! Mas nunca tive medo de mostrar meus defeitos. O fato de eu ter começado a trabalhar cedo me ajudou porque vi de perto todas aquelas mulheres, que os homens achavam incríveis, chegando sem maquiagem. Ou seja, o que fazia elas serem mais bonitas é o fato de estarem na TV. Foi um alívio. Por isso, sou a primeira a falar que meu cabelo é falso, que tenho silicone (nos seios) e espinha.''

Fico na minha
''Para interpretar a Céu, fui atrás de bóias-frias. Mas, ao chegar a uma fazenda do interior de São Paulo, vi que seria impossível. Eles nem falavam comigo e paravam o que estavam fazendo para ficar me olhando. Eu é que passei a ser observada. É muito louco isso, porque não me sinto uma pessoa célebre. No meu dia-a-dia, eu me vejo como uma anônima.''
Agora, tá convencida?
''Eu sempre achei que nunca faria uma mocinha. Não me achava bonita. Em casa, falavam: ‘Bárbara é linda. Deborah é engraçadinha’. Achava que seria a atriz que faria personagens esquisitas. Eu tinha 13 anos quando Daniel (Filho) me disse que eu seria uma grande atriz. Disse que eu era bonita, talentosa, verdadeira e sensual. Duvidei. Há pouco tempo, ele me lembrou disso e disse: ‘Viu, não lhe falei?’''

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