segunda-feira, 15 de junho de 2009

Decamerão


Comédia dell'arte inspira série

"Jorge! Jorge! Tem um "então" a mais aí no texto!", avisa um dos assistentes de Jorge Furtado no set de "Decamerão". "Corta! Vamos fazer de novo!", diz o diretor aos atores Edmílson Barros e Lázaro Ramos, na última segunda, em Garibaldi (RS).
Na série com texto em verso, nenhuma palavra pode ser acrescentada ou suprimida das falas, sob risco de se perder a rima e o ritmo da poesia. "É um texto bem cartesiano. Você precisa dizer cada preposição, cada artigo", explica Drica Moraes, 39, no elenco de sete pessoas de "Decamerão".
São apenas sete os atores, explica Furtado, porque a inspiração vem da comédia dell'arte, forma de teatro popular italiano com personagens recorrentes. São eles: o burguês avarento, interpretado por Matheus Nachtergaele; uma mulher devassa (Deborah Secco); o amante (Lázaro Ramos); um casal de namorados (Daniel Oliveira e Leandra Leal) e um casal de criados (Drica Moraes e Edmílson Barros). "Eles têm como motivação as questões básicas da humanidade: sobrevivência, reprodução e status", afirma o diretor, que se diz um "compulsivo" por Shakespeare, comédia dell'arte e outras comédias -seu cineasta preferido, por exemplo, é Billy Wilder, de "Quanto Mais Quente Melhor" (1959).
O tom de humor e farsa permeia "Decamerão". "De naturalista, já basta a vida", diz Drica Moraes. Sentada sob o sol da locação, onde a temperatura não passou de 15C, a atriz lamenta o fim das novelas de realismo fantástico.
Deborah Secco, 29, que estreou na TV aos 15 anos, concorda. "Não se vê mais algo como "Tieta" ou "Roque Santeiro". E a televisão não tem tempo de produzir produtos como essa série", avalia Deborah, que, inclusive, pediu autorização da Globo para ficar afastada de novelas em 2009. Só assim, poderia ser protagonista de "Decamerão". (AF)

Fonte: Jornal Folha de SP

Furtado roda poesia em película
Diretor filma nova microssérie da Globo sob as cores de outono da Serra Gaúcha

- O lugar é "nenhum", apesar de a Serra Gaúcha, dourada de outono, estar no enquadramento do diretor Jorge Furtado. A época é "um passado distante", apesar de os contos de Giovanni Boccaccio, que inspiraram a parceria entre a Casa de Cinema de Porto Alegre e a TV Globo em Decamerão, datarem do século 14.
Prevista para o início do segundo semestre, a série de quatro episódios foi testada como um especial de fim de ano na Globo. Com todos os diálogos em verso, o piloto alcançou audiência surpreendente: 29 pontos. "É uma experiência bem radical. No piloto, os versos começam a partir do segundo minuto. Deu tão certo, que resolvemos radicalizar ainda mais e, agora, os episódios são todos em verso mesmo", diz Furtado.
Humor, erotismo e artimanhas temperam as histórias envolvendo sete personagens - propositalmente - arquetípicos. Primeiro, há um triângulo amoroso entre um marido ciumento (Tofano/Matheus Nachtergaele), a mulher que o trai (Mona/Deborah Secco) e um falso padre (Maseto/Lázaro Ramos). No motor dos conflitos, há o casal de criados, Tessa (Drica Moraes) e Calandrino (Edmilson Barros). E, para completar, um casal romântico, Isabel (Leandra Leal) e Filipinho (Daniel de Oliveira). "Não é o tipo de texto que eu esteja habituado a fazer. Mas é uma oportunidade rara de fazer algo tão diferente. A TV carece disso!", observa Lázaro.

Fonte: Estado de S.Paulo

Entrevista - Deborah Secco

Em entrevista por e-mail ao Tela Plana, a atriz, que durante todo o mês de maio permaneceu em Bento Gonçalves para as gravações da série Decamerão — A Comédia do Sexo
Em respostas curtas, escreveu apenas sobre sua participação na série dirigida por Jorge Furtado, da Casa de Cinema de Porto Alegre, como você confere a seguir:

Tela Plana: Como é ser dirigida por Jorge Furtado?
Deborah Secco: Adoro o Jorge. Trabalhar com ele é um prazer e uma honra. Ele é muito inteligente, sabe bem o que quer.

Tela Plana: A Monna, sua personagem, tem, ao mesmo tempo, traços de ingenuidade e esperteza. Como é dar vida a ela?
Deborah: A minissérie tem uma coisa da commedia dell'arte, está sendo muito gostoso dar vida a um personagem dentro desse universo.

Tela Plana: Como é trabalhar neste projeto inovador, que apresenta uma nova forma de dramaturgia, com diálogos em versos e inspiração nos contos de Giovanni Boccaccio?
Deborah: Tudo que é novo é instigante para um ator. Atuar em versos está sendo incrível.

Tela Plana: O Jorge Furtado disse que a escolheu por você ser "uma raridade: é bonita, boa atriz e faz comédia". Atores bonitos sofrem preconceito pelo fato de serem considerados apenas "rostos bonitos"?
Deborah: Acho que não, não vejo a beleza como algo importante, é indiferente. Construí minha carreira em cima de muito trabalho, muito estudo.

Tela Plana: Qual a sensação de voltar ao Sul para gravar?
Deborah: Adoro esse friozinho. Tomara que tenham muitos trabalhos por aqui.

Fonte: Tela Plana

2 Comentários:

{mary} disse...

Ficou belíssima a nova versão. Linbda de morrer, parabéns! :)

Só acho é que os comentários deviam ser livres a quem não tem conta no Google, nem Live Journal, nem Wordpress, nem qualquer das opções que surgem na hora de comentar, porque assim fica difícil comentar.

Vou mudar o link nos afiliados :)

Beijinhos

elianegiardini.com

Anônimo disse...

Lindo site, parabens.
t amo deborah

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