"Fiz o melhor que pude, dentro das minhas limitações", diz Deborah Secco sobre críticas
Ao longo dos sete meses de "A Favorita", Maria do Céu foi de tudo um pouco. Filha revoltada, mãe devotada, quase prostituta e menina sonhadora - todas facetas da jovem interpretada por Deborah Secco. "Desde o início eu vi que a Céu seria uma personagem que viraria 20 outras. Eram vários papéis em um só", analisa a atriz. Apesar do leve exagero na contagem, o papel realmente não teve desenvolvimento linear: de retirante miserável e quase vilã ela passou a esposa - por conveniência - do amigo homossexual, com tempo suficiente no meio do caminho para enganar a família e engravidar.
Nos diversos movimentos, a animosidade que muitos sentiam pela personagem ficou diluída em meio a seus dramas. "Desde o início sabia que ela não fazia parte da trama principal. Acho que os meus melhores personagens foram assim, de tramas paralelas", sentencia.
Boa parte do espaço conquistado pela personagem, reconhece Deborah, é fruto da relação da ex-retirante com seus pares românticos. Primeiro, foi a paixão por Cassiano, de Thiago Rodrigues - sentimento que colocou Céu em rota de colisão com Lara, a protagonista vivida por Mariana Ximenes. "Esse romance não estava previsto de forma tão intensa. Mas depois que o João viu a primeira cena da Céu com o Cassiano, me disse que achava que ela o amava genuinamente", relembra, mencionando o autor da trama, João Emanuel Carneiro.
Mas nem todo esse sentimento impediu que ela se estranhasse novamente com a mocinha da história, ao engravidar de Halley, de Cauã Reymond. "Acho que o destaque dela na história é também consequência desse conjunto de fatores", analisa a atriz.
E, em mais uma mudança de rumo, na reta final da novela Céu está vivendo um romance que provavelmente levaria o título de mais improvável da trama. Afinal, o afeminado Orlandinho, de Iran Malfitano, já parecia bem confortável no papel de melhor amigo da "esposa" - até que se descobriu apaixonado por Céu. "E olha que o Iran não ia ficar na trama, foi uma grande surpresa. Acho que o personagem aconteceu lindamente. Ele faz muito bem", derrete-se. E, mesmo com a torcida a favor, Deborah diz que não faz tanta fé assim nesse novo casal. "Muita gente na rua diz que quer que eles fiquem juntos. Mas eu sempre falo que ele é gay, e que não precisa mudar isso", pondera.
Mesmo com a boa aceitação por parte do público, nem todas as mudanças na trajetória de Céu foram bem "digeridas". Um bom exemplo é a mudança no sotaque da personagem - que desapareceu como em um passe de mágica, gerando críticas desde os primeiros meses de novela. Deborah, porém, recorre a uma comparação com outros fatos da trama para justificar a rapidez da transformação. "Eu sempre digo 'gente, vocês têm noção de quanto tempo leva para uma pessoa ser julgada e presa?'. Com a Donatela, isso levou três capítulos! Fora da ficção seriam, no mínimo, seis meses", calcula, citando os percalços jurídicos da personagem de Cláudia Raia.
Críticas e polêmicas, aliás, sempre estiveram por perto nos trabalhos de Deborah. Da adolescente Carina de "A Próxima Vítima" - cujo bordão era um sonoro e irritante "socorro" - à execrada Sol de "América", ela já perdeu as contas de quantas vezes se falou mal de sua interpretação. "Ao mesmo tempo, todo mundo lembra dos meus trabalhos", contrapõe a atriz, antes de explicar que já não se aborrece mais com as observações negativas. "Sinceramente, até prefiro que seja assim. Melhor do que ter um personagem que ninguém lembra quando vem uma próxima novela", compara.
A afirmação poderia soar como excessiva autoconfiança, mas tem mais a ver com proteção. "Aprendi na análise que expectativa gera frustração. Não dá para agradar o mundo inteiro", ensina ela, para quem a crítica realmente importante vem de fontes específicas: o autor e o diretor com quem está trabalhando. "É a eles que a Globo confia a novela. Várias vezes ouvi de diretores que precisava melhorar. Mas sei que fiz o melhor que pude, dentro das minhas limitações. E isso me basta", resume.
Nos diversos movimentos, a animosidade que muitos sentiam pela personagem ficou diluída em meio a seus dramas. "Desde o início sabia que ela não fazia parte da trama principal. Acho que os meus melhores personagens foram assim, de tramas paralelas", sentencia.
Boa parte do espaço conquistado pela personagem, reconhece Deborah, é fruto da relação da ex-retirante com seus pares românticos. Primeiro, foi a paixão por Cassiano, de Thiago Rodrigues - sentimento que colocou Céu em rota de colisão com Lara, a protagonista vivida por Mariana Ximenes. "Esse romance não estava previsto de forma tão intensa. Mas depois que o João viu a primeira cena da Céu com o Cassiano, me disse que achava que ela o amava genuinamente", relembra, mencionando o autor da trama, João Emanuel Carneiro.
Mas nem todo esse sentimento impediu que ela se estranhasse novamente com a mocinha da história, ao engravidar de Halley, de Cauã Reymond. "Acho que o destaque dela na história é também consequência desse conjunto de fatores", analisa a atriz.
E, em mais uma mudança de rumo, na reta final da novela Céu está vivendo um romance que provavelmente levaria o título de mais improvável da trama. Afinal, o afeminado Orlandinho, de Iran Malfitano, já parecia bem confortável no papel de melhor amigo da "esposa" - até que se descobriu apaixonado por Céu. "E olha que o Iran não ia ficar na trama, foi uma grande surpresa. Acho que o personagem aconteceu lindamente. Ele faz muito bem", derrete-se. E, mesmo com a torcida a favor, Deborah diz que não faz tanta fé assim nesse novo casal. "Muita gente na rua diz que quer que eles fiquem juntos. Mas eu sempre falo que ele é gay, e que não precisa mudar isso", pondera.
Mesmo com a boa aceitação por parte do público, nem todas as mudanças na trajetória de Céu foram bem "digeridas". Um bom exemplo é a mudança no sotaque da personagem - que desapareceu como em um passe de mágica, gerando críticas desde os primeiros meses de novela. Deborah, porém, recorre a uma comparação com outros fatos da trama para justificar a rapidez da transformação. "Eu sempre digo 'gente, vocês têm noção de quanto tempo leva para uma pessoa ser julgada e presa?'. Com a Donatela, isso levou três capítulos! Fora da ficção seriam, no mínimo, seis meses", calcula, citando os percalços jurídicos da personagem de Cláudia Raia.
Críticas e polêmicas, aliás, sempre estiveram por perto nos trabalhos de Deborah. Da adolescente Carina de "A Próxima Vítima" - cujo bordão era um sonoro e irritante "socorro" - à execrada Sol de "América", ela já perdeu as contas de quantas vezes se falou mal de sua interpretação. "Ao mesmo tempo, todo mundo lembra dos meus trabalhos", contrapõe a atriz, antes de explicar que já não se aborrece mais com as observações negativas. "Sinceramente, até prefiro que seja assim. Melhor do que ter um personagem que ninguém lembra quando vem uma próxima novela", compara.
A afirmação poderia soar como excessiva autoconfiança, mas tem mais a ver com proteção. "Aprendi na análise que expectativa gera frustração. Não dá para agradar o mundo inteiro", ensina ela, para quem a crítica realmente importante vem de fontes específicas: o autor e o diretor com quem está trabalhando. "É a eles que a Globo confia a novela. Várias vezes ouvi de diretores que precisava melhorar. Mas sei que fiz o melhor que pude, dentro das minhas limitações. E isso me basta", resume.
Seja o primeiro a comentar
Postar um comentário