Vilanias aumentam a audiência de 'A Favorita'
A Favorita que hoje está no ar pouco tem a ver com a novela das nove que João Emanuel Carneiro estreou no início de junho, na Globo. Antes, as tramas paralelas eram opacas e várias situações pareciam pouco críveis no ar. Mas agora o autor faz uso de estratégias que já funcionaram em outras novelas do horário e mantém uma história ágil e com ingredientes capazes de prender a atenção.
Como as vilanias da psicopata Flora, atuação de Patrícia Pillar, que são exploradas a todo o momento, e os dramas da agora mocinha Donatela, de Cláudia Raia. Além disso, a movimentação de outros núcleos proporciona o alívio necessário à trama central e desempenha bem a função de evitar o desgaste da história.
A audiência crescente reflete esse maior controle do autor sobre a trama e já alcança a média de 41 pontos no Ibope nacional em setembro. De cada 100 aparelhos de TV ligados no horário, 61 sintonizam A Favorita.
A obsessão de Flora em se tornar uma ‘nova' Donatela é um dos principais atrativos da novela. A ex-presidiária detesta o pai, chama a filha Lara, de Mariana Ximenes, de ‘chata' pelas costas e chega ao cúmulo de lamentar a suposta morte de Donatela, de Cláudia Raia, por não poder se vingar, aos poucos, da rival. Emoções bem defendidas por Patrícia, que consegue convencer em todas as atitudes da vilã.
Tudo que antes parecia não ter sentido, como o fato de Donatela morar com os ex-sogros mesmo sendo casada com outro homem ou a construção de Lara com ares de adolescente americana rebelde, pulando a janela da faculdade para fugir de seguranças, foi enterrado.
Até o núcleo cômico principal, encabeçado por Halley e Orlandinho, de Cauã Reymond e Iran Malfitano, deixou um pouco de lado o tom pastelão e a superficialidade com a presença de Maria do Céu, interpretação de Deborah Secco digna de elogios. Depois de amargar críticas em América e Pé na Jaca, Deborah conseguiu construir bem uma retirante orgulhosa e com nuances na medida certa.
Como as vilanias da psicopata Flora, atuação de Patrícia Pillar, que são exploradas a todo o momento, e os dramas da agora mocinha Donatela, de Cláudia Raia. Além disso, a movimentação de outros núcleos proporciona o alívio necessário à trama central e desempenha bem a função de evitar o desgaste da história.
A audiência crescente reflete esse maior controle do autor sobre a trama e já alcança a média de 41 pontos no Ibope nacional em setembro. De cada 100 aparelhos de TV ligados no horário, 61 sintonizam A Favorita.
A obsessão de Flora em se tornar uma ‘nova' Donatela é um dos principais atrativos da novela. A ex-presidiária detesta o pai, chama a filha Lara, de Mariana Ximenes, de ‘chata' pelas costas e chega ao cúmulo de lamentar a suposta morte de Donatela, de Cláudia Raia, por não poder se vingar, aos poucos, da rival. Emoções bem defendidas por Patrícia, que consegue convencer em todas as atitudes da vilã.
Tudo que antes parecia não ter sentido, como o fato de Donatela morar com os ex-sogros mesmo sendo casada com outro homem ou a construção de Lara com ares de adolescente americana rebelde, pulando a janela da faculdade para fugir de seguranças, foi enterrado.
Até o núcleo cômico principal, encabeçado por Halley e Orlandinho, de Cauã Reymond e Iran Malfitano, deixou um pouco de lado o tom pastelão e a superficialidade com a presença de Maria do Céu, interpretação de Deborah Secco digna de elogios. Depois de amargar críticas em América e Pé na Jaca, Deborah conseguiu construir bem uma retirante orgulhosa e com nuances na medida certa.
VINGANÇA
Investir em grandes vilãs vem dando certo na teledramaturgia nacional. Foi assim em Duas Caras, quando Sílvia, de Alinne Moraes, passou de ‘patricinha' metida a psicopata quase que de uma hora para outra. Ou em Celebridade, quando a vingativa Laura, de Cláudia Abreu, não media esforços para tomar tudo que era da promoter Maria Clara, de Malu Mader.
Essa última história, inclusive, chega a se parecer com a descrita por João Emanuel. Assim como Gilberto Braga, João pretende explorar toda a vingança de Flora e, posteriormente, mostrar a queda da assassina e o triunfo da heroína Donatela.
O problema é que Donatela já começou seu caminho de sofrimento e a atual situação da personagem já é digna de pena. Mocinhas que perdem sempre na TV tendem a se tornar cansativas. A ‘favorita' não pode ser construída apenas de derrotas até o grande final. E, nesse aspecto, pode ser interessante a parceria dela com Pedro, de Genézio de Barros.
Além disso, o autor já dá sinais de que Lara é uma das peças principais para o desfecho da trama. Além das confusões amorosas com Halley e com o músico Cassiano, de Thiago Rodrigues, até agora é a única que parece enxergar Flora como ‘boazinha demais para ser verdade'.
Fonte: Jornal Diário do ABC
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